As linhas aéreas internacionais que operam no mercado venezuelano suspenderam a emissão
de bilhetes de viagens cujo ponto inicial de partida não seja a
Venezuela. A informação foi anunciada nesta quinta-feira (30), pela
Associação Venezuelana de Agências de Viagens e Turismo (Avavit).
Segundo
a nota, os operadores estão com dificuldades para cambiar os valores,
em moeda estrangeira, correspondentes às vendas efetuadas.
"É
uma medida que as linhas aéreas estão tomando como prevenção diante das
fiscalizações, porque pode parecer um negócio irregular que se pague em
bolívares uma passagem respaldada por dólares oficiais", explicou aos
jornalistas Sandra González, presidente daquele organismo.
Na
Venezuela está em vigor, desde 2002, um sistema de controle cambial que
impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país, o que obriga as
linhas aéreas a aguardar autorização das autoridades para poder
transferir os valores, em dólares, correspondentes às vendas.
Este
controle cambial é administrado pela Comissão de Administração de
Divisas (Cadivi). O valor oficial do dólar é de 6,30 bolívares fortes,
no entanto existe um mercado paralelo onde, segundo fontes não oficiais,
a moeda norte-americana é cotada quatro vezes mais que o valor
estabelecido.
Segundo
Sandra González, a venda de bilhetes com origem em destinos que não a
Venezuela era uma operação que se realizava com alguma regularidade até
há poucas semanas.
Por
outro lado, segundo Patrício Sepúlveda, vice-presidente da
International Transport Association (Iata), a Cadivi "deve" às linhas
aéreas internacionais mais de 1200 milhões de dólares, estando as
operadoras à espera da atribuição das divisas e da autorização para
efetuar as respectivas transferências.
Diante desta situação o governo venezuelano criou várias mesas de trabalho para ser analisada uma possível solução do impasse.
fonte : diario do turismo
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