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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Hotéis estão atentos a turistas que viajam com animais

Estabelecimentos que aceitam cães e gatos chegam a elevar faturamento em até 10%.

As redes hoteleiras estão de olho no público que faz questão de viajar acompanhado dos animais de estimação, em especial cães e gatos, com objetivo de se diferenciar no mercado. Empresas especializadas no segmento calculam que a receptividade aos bichinhos representa um incremento médio de 10% no faturamento. Outra vantagem para os hotéis é a possibilidade de fidelização deste tipo de público.
Para os turistas, além da comodidade de não se separar dos “amigos”, a viagem acompanhada dos animais pode representar a economia de despesas com veterinários e cuidadores. Outro benefício é o de prevenir problemas decorrentes de longos períodos de afastamentos dos donos, quando alguns animais acabam desenvolvendo alergias, ficam deprimidos e param de comer.
“Para viabilizar o projeto, foram tomados cuidados extras, como a compra de produtos específicos para limpeza de ambientes e treinamento de funcionários sobre como receber os novos ‘hóspedes’, afirma Frank Pruvost, diretor de operações para a América do Sul de uma grande rede hoteleira que passou a receber os pets de até 15kg em junho deste ano.
Pruvost diz ainda que a decisão de aceitar os animais foi adotada após testes em cinco hotéis da rede onde ele atua para verificar a aceitação dos hóspedes. “Obtivemos ótimos resultados. Como os usuários aprovaram a iniciativa, decidimos implantar o programa nacionalmente”, acrescenta o executivo.
Larissa Rios, proprietária de uma agência especializada em roteiros acompanhados de animais domésticos, alerta, entretanto, que o consumidor deve tomar cuidado com hotéis que dizem aceitar animais, mas impõem tantas regras que o hóspede se sente mal recebido.
“Há casos em que o dono é obrigado a andar o tempo todo com o animal no colo, o que causa desconforto ao hóspede”, relata. Para prevenir este tipo de situação, a empresa de Larissa criou o selo “Pet Friendly”, que certifica hotéis com base em avaliações dos serviços e estruturas voltadas para animais de estimação. Atualmente, seis estabelecimentos contam com o selo.
As regras e preços para a estadia de animais domésticos variam de acordo com cada hotel, mas em geral, há limitações, tais como peso e tamanho dos animais, além de circulação restrita a quartos e áreas pré-definidas. Outra exigência comum é a de que os donos apresentem cartões de vacina atualizados de cães e gatos além de assinar termo de responsabilidade por eventuais danos causados pelo animal.
Companhias aéreas
As regras e preços para viajar com os bichinhos em aviões também variam de acordo com cada empresa. Em geral, há limitação de peso para transporte dentro da cabine e exige-se que sejam devidamente acomodados dentro de uma caixa de transporte – somados, animal e caixa não podem pesar mais que 7kg, a depender da companhia.
Para conscientizar os passageiros sobre as espécies permitidas a bordo, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lançou uma cartilha com orientações sobre segurança e bem-estar dos mascotes dentro dos aviões. O documento pode ser acessado no site da Abear.

Sudeste cresce na preferência do viajante brasileiro

A intenção do brasileiro de viajar para os estados da região Sudeste deu um salto de 41% em setembro, na comparação com agosto deste ano. Pesquisa do Ministério do Turismo revela que 27,1% das pessoas que planejam viagem para os próximos seis meses pretendem ir para destinos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais ou Espírito Santo.
Foi o maior percentual de intenção de viagem para os destinos do Sudeste desde janeiro, fazendo da região a segunda na preferência dos potenciais viajantes. O Nordeste é apontado como principal destino desejado por 42,2% dos entrevistados de sete capitais. A região Sul fica na terceira posição, com 18%.
Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem revela, no entanto, que a maioria dos moradores das capitais pesquisadas no Sudeste preferem visitar destinos de outras regiões. É o que ocorre com 67,7% dos moradores de São Paulo, 77,6% do Rio de Janeiro e 81,4% de Belo Horizonte. Os demais devem viajar dentro do próprio estado.
A sondagem é um levantamento feito pelo Ministério do Turismo e a Fundação Getúlio Vargas. Foram ouvidas duas mil pessoas em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Juntas, essas capitais representam 70% do fluxo de turistas domésticos do País.