Ministro do Turismo reforça relações internacionais para, em parceria
com a Embratur, trazer viajantes do conjunto de países que têm liderado
o aumento de desembarques.
Brasília (DF) – O diplomata Acir Madeira Pimenta Filho tomou posse na
terça-feira (19) como novo diretor de Relações Internacionais do
Ministério do Turismo. Ele assume o posto tendo como uma de suas
principais missões a de reforçar, em parceira com a Embratur (Instituto
Brasileiro de Turismo), a atração de visitantes dos países do Brics –
conjunto que reúne Rússia, China, Índia e África do Sul, além do Brasil.
Eles lideram o aumento de chegadas em território brasileiro. Os
chineses e os russos estão no topo da lista com um crescimento de
desembarques de 48% e 41%, respectivamente, entre 2010 e 2011 (confira
tabela abaixo). Na média geral, o aumento de chegadas foi de 5% no
período.
Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o desafio é trazer para o
Brasil os turistas que mais têm ampliado os desembolsos com viagens
internacionais. “Queremos aproveitar a parceria desses países, para
aumentar o fluxo de turistas e de gasto em território brasileiro”,
afirma. Segundo ele, as estratégias que serão traçadas em parceira com a
Embratur devem abordar a relação com agências internacionais,
fortalecimento da divulgação, uso da extensa rede de embaixadas e
consulados do Brasil no exterior e ampliação do número de voos
conectando esses países.
“Os desafios são enormes, porque temos um potencial turístico
incalculável e pouco explorado, que se deve, talvez, ao desconhecimento
do País lá fora, embora o Brasil sempre desperte, no exterior, uma
simpatia imediata”, observa Acir Madeira Pimenta Filho. O diplomata traz
sua experiência recente como conselheiro cultural da Embaixada do
Brasil em Roma, além de passagens pelas embaixadas brasileiras em Madri,
Moscou e Praga. “Estou animado. Após morar em sete países, creio que
consigo hoje ter uma visão mais equilibrada do que os estrangeiros
pensam do Brasil”, destaca.
TURISMO RECEPTIVO
Para o turismo geral, sua iniciativa será de levar turistas estrangeiros
a destinos pouco conhecidos do Brasil e preparar o setor de receptivo a
trabalhar com línguas pouco habituais. Acredita que o setor cultural
brasileiro oferece alternativas refinadas para viajantes com maior grau
de exigência, como o museu de Inhotim em Belo Horizonte (MG), a Festa
Literária Internacional de Paraty (RJ), além de festivais de cinema,
música e gastronomia. “Precisamos transformar todos esses eventos e
lugares em destinos turísticos. Sem falar do que se pode fazer com o
enorme patrimônio natural de que somos detentores.”
Uma das estratégias passa pela valorização da cultura e da
produtividade nacionais, que podem contribuir para ajudar a superar a
imagem estereotipada do Brasil no plano internacional. “Um projeto é o
de formar, em parceria com a Embratur, programas para trazer editores
dos principais guias turísticos do mundo para conhecer setores dinâmicos
do Brasil, como o polo científico-tecnológico de São José dos Campos, o
bem-sucedido projeto agrícola do semiárido nordestino, a indústria de
tecnologia da informação instalada no Norte de São Paulo e Sul de Minas,
o setor de produção do etanol etc. Esse programa buscará apresentar aos
olhos externos o Brasil moderno e assertivo”, afirma.
Acir adianta que também serão desenvolvidos projetos em parceria com
os ministérios da Educação, da Cultura e da Indústria e do Comércio.
“Temos que valorizar nosso patrimônio cultural, não podemos pensar
apenas no nosso valor natural, que é enorme e magnífico.” Para o
ministro Gastão Vieira, a escolha por Acir para este cargo foi
estratégica. O diplomata foi conselheiro cultural da Embaixada do Brasil
em Roma e teve passagens pelas embaixadas brasileiras em Madri, Moscou e
Praga. “Acir é um diplomata atualizado, vem de uma embaixada central da
Europa, num país que tem tradição de vender o turismo cultural, que é o
que precisamos explorar”, disse o ministro.
DESEMBARQUE DOS BRICS
Os países do grupo Brics aumentaram sua participação no turismo
receptivo do Brasil em 2011. O crescimento mais expressivo, de 47%, foi o
de visitantes da China. Subiu de 37,8 mil em 2010 para 55,97 mil, em
2011. Já o de turistas russos subiu 40%, saindo de 15,8 mil para 22,3
mil. A Índia enviou 21,53 mil viajantes ao Brasil, registrando
crescimento de 14% em relação a 2010. Da África do Sul foram cerca de
22,75 mil.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
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