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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Espaço da arte contemporânea, Palácio de Tóquio renasce em Paris

Vinte e dois mil metros quadrados dedicados à arte contemporânea, em Paris: o Palácio de Tóquio reabre as portas na quinta-feira (19), após ter reconquistado espaços, na expectativa de se tornar um grande polo criativo na Europa.
O prédio monumental, próximo à torre Eiffel, permaneceu fechado durante dez meses para obras de reforma.
Alojado num edifício Art Deco, construído em 1937 para a Exposição Universal, o Palácio de Tóquio será o "antimuseu por excelência", afirmou seu diretor, Jean de Loisy, durante a apresentação à imprensa do novo templo da arte.
A renovação, no valor de 20 milhões de euros (US$ 26,2 milhões), ficou a cargo dos arquitetos Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal, que optaram por derrubar paredes e divisórias, abrindo um imenso espaço subterrâneo.
A alguns dias da abertura, os operários se apressam para preparar os locais dedicados à grande exposição inaugural, a Trienal, que estará aberta à visitação a partir de 20 de abril.
O renascimento da casa será celebrado da noite de quinta-feira até a meia-noite de sexta, com uma abertura 'non stop' de 28 horas, marcada por concertos, conferências, espetáculos: a ideia é transmitir "uma intensa visão acelerada e alucinatória da energia que afluirá ao local nos próximos anos", anunciam os organizadores.

Philippe Wojazer/France Presse
Presidente francês, Nicolas Sarkozy, posa em instalação da artista alemã Ulla von Bradenburg no Palácio de Tóquio, antes de sua inauguração
Presidente francês, Nicolas Sarkozy, em instalação da artista alemã Ulla von Bradenburg no Palácio de Tóquio

"Arte Venenosa"
O público vai descobrir várias obras que vão permanecer em exposição durante cerca de um ano. Assim, Christian Marclay, artista plástico americano-suíço, que obteve o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2011, imaginou os "vitraux" das janelas do restaurante cobertos de imitações de desenhos animados. É "o som da vida que volta" ao local, após vários meses de fechamento, comentou Jean de Loisy.
O visitante encontra, em seguida, uma obra de Maria Loboda, de origem polonesa, cujos pigmentos são compostos de venenos destilados (arsênico, cianurete, mercúrio...). "Quero que se sinta o caráter venenoso da arte", declarou o diretor do palácio. "A arte transforma, salva ou destrói."
Uma espetacular escultura do belga Peter Buggenhout, "The Blind leading the Blind" (o cego guiando o cego), está suspensa na escada.
O francês Jean-Michel Alberola criou um "Quarto de instruções", feito de imposições escritas pelo artista para transformar o presente, para os que não acreditam mais em utopias: "retomem a conversação" ou ainda "a questão do poder é a única resposta".
Em quatro andares, o Palácio de Toquio vai propor exposições temporárias e monografias sobre artistas de diferentes gerações, dando carta branca aos criadores.
O auditório de 500 lugares procura, ainda, um mecenas para sua renovação. Um restaurante, com vista para o Sena, abrirá em setembro.
fonte : folha .com

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